

Linus Pauling com um modelo da estrutura helicoidal exibida em alguns segmentos de proteínas. |
Hoje, os modelos com peças como os utilizados por Watson e Crick estão disponíveis na maioria das salas de aula de química mas em 1951, eles só existiam nos laboratórios mais bem equipados. Na primeira metade do século XX, um trabalho meticuloso de química estabeleceu os tamanhos aproximados de átomos, o número de ligações que formam com outros átomos, e os ângulos em que estas ligações se formam. Os modelos com que Watson e Crick trabalharam incorporaram todas essas informações. A flexibilidade e precisão dos modelos permitiu-lhes experimentar muitas estruturas diferentes e ver rapidamente se eles concordavam com o que se sabia sobre as ligações químicas. Isso fez dos modelos uma boa maneira de formar novas hipóteses sobre a forma da molécula algo muito pequeno para ser observado diretamente.
Watson e Crick também foram encorajados pelo facto de que Linus Pauling, um químico que estudou a formação das ligações, tinha acabado de usar modelos para descobrir as hélices que fazem parte das estruturas de muitas proteínas. Pauling chegou à solução, começando com os dados de difração de raios X e, em seguida, tomando um atalho através do uso de modelos construídos com bolas e fios de metal. Essa abordagem permitiu-lhe encontrar a solução muito mais rapidamente do que ele poderia ter feito se tivesse usado só dados de raios X. O sucesso de sua abordagem inspirou Watson e Crick a tentar a mesma coisa. |