Explore uma representação interativa de como a ciência se processa. Página original em inglês Home Glossário pesquisa home Compreender a Ciência Para professores Biblioteca de recursos
índiceíndice   O lado social da ciência
página 2 de 8
anterioranterior | seguinteseguinte
  A comunidade científica: A diversidade importa
Cientistas de todo o mundo trabalhando em conjunto.
Pessoas de todo o mundo, de todos os tipos de diferentes culturas e origens, fazem parte da comunidade científica. Nalguns momentos da história, a ciência foi em grande medida o domínio de homens brancos, mas isso atualmente deixou de ser verdade. Um olhar sobre os autores de trabalhos recentes em revistas científicas de topo confirma que a diversidade é agora a norma. Rajsapan Jain, Khayrul Kabir, Joe Gilroy, Keith Mitchell, Kin-chung Wong, e Robin Hicks colaboraram no estudo de magnetes de alta temperatura. Nerilie Abram, Michael Gagan, Zhengyu Liu, Wahyoe Hantoro, Malcolm McCulloch, e Bambang Suwargadion colaboraram no estudo de interações oceano-atmosfera. E Jane Carleton e a sua equipa de 64 investigadores em 10 países diferentes ao redor do mundo colaborararam na sequenciação do genoma de agentes patogénicos causadores de doenças. Muitos destes cientistas vêm de diferentes culturas sociais e regiões geográficas; no entanto, na sua investigação, eles estão todos unidos pela cultura global da ciência. A ciência verdadeiramente não tem fronteiras.

Cientistas de origens tão diversas trazem muitos pontos de vista para o estudo de problemas científicos. O estudante de química de 24 anos de idade da África do Sul, o biólogo de 41 anos da Flórida especialista em pesca, e o paleontólogo de 65 anos de idade vindo de Pequim provavelmente têm perspetivas bastante diferentes sobre o mundo, e a ciência beneficia com esta diversidade.

  • A diversidade facilita a especialização. Os cientistas têm diferentes pontos fortes e interesses diferentes. Não só as pessoas de origens diferentes escolhem questões diferentes para investigar, elas também podem abordar a mesma pergunta de diferentes maneiras. Assim, o biólogo com uma propensão para a matemática, o biólogo com um interesse no comportamento humano, e o biólogo que não se cansa de microscópios e trabalho de laboratório podem concentrar-se nos seus pontos fortes. Podem todos escolher o mesmo tema para estudar (por exemplo, a cognição humana), mas vão fazê-lo a partir de pontos de vista diferentes, contribuindo para uma compreensão mais completa do tema.

    A diversidade facilita a especialização.


  • A diversidade fortalece a resolução de problemas. A ciência beneficia muito de uma comunidade que aborda problemas através de uma variedade de maneiras criativas. Uma comunidade diversificada é mais capaz de gerar novos métodos de investigação, explicações e ideias, o que pode ajudar a ciência a ultrapassar obstáculos desafiadores e a lançar uma nova luz sobre os problemas. Por exemplo, Albert Einstein abordou as noções de espaço e tempo de uma maneira muito diferente dos seus contemporâneos, chegando a ideias que, embora não intuitivas, foram apoiadas por evidência e abriram novas áreas de investigação.

    A diversidade fortalece a resolução de problemas.


  • A diversidade equilibra preconceitos e distorções. A ciência beneficia de ter profissionais com diversas crenças, experiências e valores, para equilibrar os preconceitos e distorções que podem ocorrer se a ciência for praticada por um pequeno subconjunto da humanidade. Como exemplo, considere a investigação científica em curso sobre as mudanças climáticas. Com um tema tão escaldante, crenças pessoais sobre o meio ambiente, a economia, negócios, e política poderiam involuntariamente causar parcialidade na pesquisa ou na a avaliação da evidência. Mas a ciência conta com uma comunidade diversificada, cujos pontos de vista pessoais cobrem todas as possibilidades: de liberal a conservador, de ativista ecologista a favorável às empresas, e todas as combinações possíveis de pontos de vista. Os cientistas esforçam-se por serem imparciais e objetivos nas suas avaliações de questões científicas, mas nos casos ocasionais em que preconceitos pessoais estão presentes, eles são mantidos em xeque por uma comunidade científica diversificada.

    A diversidade equilibra preconceitos e distorções.


Assim, a ciência depende da diversidade. Se todos os cientistas fossem iguais, a controvérsia científica seria pouco frequente, mas o mesmo aconteceria com o progresso científico! Apesar da sua diversidade, todos os cientistas individuais fazem parte da mesma comunidade científica, e contribuem para o empreendimento científico de formas importantes.

resumo
  • A comunidade científica é global e diversificada.

  • A diversidade da comunidade científica facilita a especialização e fornece diferentes pontos de vista que fortalecem a resolução de problemas e equilibra preconceitos e distorções.

equívocos
Equívoco: A ciência é feita por "homens brancos, velhos."

Retificação: Pessoas de todo o mundo e das mais diversas origens constituem a comunidade científica. Aprenda mais sobre este tema.

Ciência em ação
Para um exemplo de como a existência de participantes diversos pode ajudar o progresso do conhecimento científico, veja a história de Lynn Margulis, Células dentro de células: Uma ideia extraordinária com evidência extraordinária.

veja também
  • Aprenda mais sobre a ciência como um empreendimento humano global. Veja a nossa página A ciência no mundo.

  • Veja este curto vídeo (em inglês) sobre as necessidades e os benefícios da diversidade na ciência.





Home | Acerca | Copyright | Créditos e Colaboradores | Contactos