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A estrutura do ADN
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  A meta
Watson e Crick também não sabiam o que fazer com as bases. Primeiro, Watson pensou que estavam emparelhadas A-A, C-C, T-T, G-G — mas, devido aos diferentes tamanhos das bases, a hipótese teve de ser descartada. Tal teria exigido que a cadeia de açúcar-fosfato andasse para dentro e para fora, em vez de se enrolar em delicadas espirais. Então, Watson e Crick obtiveram de um químico vindo da América, Jerry Donohue, uma peça-chave de evidência sobre as formas das bases. Naquela época, a maioria dos livros de química relatava uma certa colocação de hidrogénio nas bases. Essa colocação tornava impossível fazer corresponder A a T, ou C a G — eles simplesmente não se encaixavam. Donohue disse a Watson, que os livros estavam ultrapassados. Agora sabia-se mais sobre as formas que estas bases podiam tomar: um dos átomos de hidrogénio podia ser ligado à base num outro local. De facto, baseando-se num conjunto de diferentes linhas de evidência, Donohue pensou que as bases provavelmente tomavam formas que Watson ainda não tinha experimentado.

Jerry Donohue, um químico americano de visita a Inglaterra, forneceu uma peça chave de evidência quando revelou que as formas dadas para timina e guanina na maioria dos livros estavam erradas

O químico americano de visita a Inglaterra, Jerry Donohue, forneceu uma peça chave de evidência quando revelou que as formas dadas para timina e guanina na maioria dos livros estavam erradas. Observe as alterações, indicadas pelos hidrogénios brilhantes.

Peças do puzzle: Formas de bases

peça do puzzle passa de Jerry Donahue para Watson

Dadas as formas corretas para as bases, Watson foi capaz de descobrir como os pares adenina-timina e guanina-citosina se ajustam, e formam ligações de hidrogénio

Dadas as formas corretas para as bases, Watson foi capaz de descobrir como os pares adenina-timina e guanina-citosina se ajustam, e formam ligações de hidrogénio fracas entre si. Watson e Crick começaram por sugerir que havia duas ligações entre guanina e citosina, mas mais tarde verificou-se que existia uma terceira.
 
Watson tentou acomodar as novas formas no modelo de dupla cadeia, que ele e Crick tinham desenvolvido. No dia 28 de fevereiro, ele estava a brincar com recortes de papel de cada base, quando de repente viu a resposta. A encaixava-se com T e G com C. Além disso, o par A-T tinha exatamente o mesmo comprimento molecular que o par G-C! Unidas desta forma, as bases não podiam colidir e repelir-se umas às outras. Crick percebeu que se as bases se emparelhavam assim, isso explicaria as proporções misteriosas das base: A = T, G = C. De repente, fazia todo o sentido que os pares de bases estejam no centro da molécula, e que as duas cadeias de açúcar-fosfato estejam enroladas em torno deles. Isto até sugeria como uma cadeia podia ser usada para copiar a outra. Porque cada base se liga sempre ao mesmo parceiro, a ordem das bases numa cadeia podia determinar a ordem exata das bases de uma nova cadeia. No espaço de uma semana, Watson e Crick tinham resolvido os detalhes da sua hipótese sobre a estrutura molecular do ADN.

 




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