Explore uma representação interativa de como a ciência se processa. Página original em inglês Home Glossário pesquisa home Compreender a Ciência Para professores Biblioteca de recursos
Destruição do ozono
página 4 de 13
anterioranterior | seguinteseguinte
  O diabo mora nos detalhes
Embora o estereótipo do progresso científico é que ele é impulsionado por evidência crítica nova, a descoberta de Molina, como muitos esforços em ciência, foi um pouco diferente. Ele não efetuou qualquer exeriência nem recolheu novos dados. Em vez disso, ele assumiu a difícil tarefa de reunir uma grande quantidade de factos e hipóteses já existentes sobre reações químicas, os processos atmosféricos e os níveis de CFC, para mostrar que, se todos os factos individuais e hipóteses eram exatos, o resultado seria uma ameaça ambiental grave. Foi a soma desta evidência científica que lhe forneceu quase todas as informações que ele e Rowland usaram para formar a sua hipótese sobre como os CFCs poderiam afetar o ozono atmosférico. Tudo o que precisava fazer era usar teorias químicas conhecidas para calcular uma estimativa para os efeitos a longo prazo dos CFCs no ozono.

A hipótese de Molina e Rowland, e as muitas hipóteses de apoio

A hipótese de Molina e Rowland (que a libertação de CFC na atmosfera iria causar destruição significativa de ozono) baseou-se em muitas hipóteses de apoio (por vezes chamadas hipóteses auxiliares ou suposições). Por exemplo, uma das sub-hipóteses contidas dentro da hipótese de Molina-Rowland foi sobre a rapidez da reação entre o cloro e o ozono. Estas sub-hipóteses foram apoiadas pelas suas próprias linhas de evidência, mas também vieram com as suas próprias incertezas. Se uma sub-hipótese chave se revelasse falsa, isso poderia significar que a hipótese de Molina e Rowland mais abrangente sobre a destruição do ozono também era falsa. Na verdade, alguns cientistas eram céticos sobre a importância da destruição do ozono devido a CFCs, não porque duvidavam do trabalho de Molina e Rowland, mas porque eram céticos acerca de algumas das sub-hipóteses. Por exemplo, no momento em que o documento foi publicado, ainda não havia qualquer evidência experimental a apoiar a ideia que os CFC iriam libertar um átomo de cloro quando expostos à radiação solar. Não demorou muito para que esta hipótese fosse verificada numa experiência de laboratório e confirmada. No entanto, algumas das outras hipóteses não eram tão fáceis de testar, e muito trabalho duro seria necessário para convencer os céticos.

veja também
A hipótese abrangente de Molina e Rowland baseava-se em muitas sub-hipóteses. Para uma discussão mais aprofundada de como hipóteses só podem ser testadas em conjunto e nunca individualmente, visite Combine as suas hipóteses.




Home | Acerca | Copyright | Créditos e Colaboradores | Contactos