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  A ciência no mundo
A ciência antiga era dominada por homens, seja na China, Grécia, Índia ou no Médio Oriente. Dos séculos XVI a XX desenvolveu-se em grande parte nos países ocidentais, e continuou a ser dominada por homens — mas isso está a mudar. A ciência é um empreendimento de todo o mundo e deve ser aberto a qualquer pessoa — independentemente da etnia, sexo, religião, ou qualquer outra característica pessoal. Cada vez mais, todos os tipos de pessoas de quase todas as partes do mundo participam na ciência, e as instituições científicas estão a trabalhar para expandir a diversidade da sua comunidade. Esta diversidade é uma das chaves para a rápida taxa de progresso da ciência. Uma comunidade científica diversificada abrange uma variedade de pontos de vista e abordagens de resolução de problemas que ajudam a equilibrar preconceitos e levam a uma compreensão mais completa do mundo natural. Aqui pode saber mais sobre a investigação de cientistas de todo o mundo.

Julio F. Navarro
Professor de Física e Astronomia, Universidade de Victoria, British Columbia, Canada
(Ph.D.: Universidad Nacional de Cordoba, Argentina)
Navarro estuda a formação e evolução de galáxias, usando simulações de computador. Alguns dos seus trabalhos desafiam as ideias tradicionais sobre como formar galáxias. As descobertas de Navarro sugerem que, em vez de se formarem a partir de uma nuvem isolada de poeira e gás, as interações entre galáxias podem desempenhar um papel importante na sua formação.

Steve W. Running
Professor e Diretor do Grupo de Simualação de Terradinamica Numérica, Universidade de Montana, EUA
(Ph.D.: Colorado State University, Fort Collins)
Running desenvolve modelos para estudar ecossistemas, com um foco especial na integração de dados recolhidos por satélite nestes modelos. Especialista em mudança climática, ele foi selecionado como um dos principais autores do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2007 (IPCC), dirigindo a secção sobre os impactos da América do Norte na mudança climática. Como cientista contribuinte, Running compartilhou o Prémio Nobel da Paz de 2007 concedido ao IPCC e a Al Gore "pelos seus esforços para construir e divulgar um maior conhecimento sobre a mudança climática feita pelo homem, e para lançar as bases para as medidas que são necessárias para neutralizar essa mudança."

Elisabeth Kalko
Cientista Permanente, Smithsonian Tropical Research Institute, Panamá, e Professora, Universidade de Ulm, Alemanha
(Ph.D.: Universidade de Tübingen, Alemanha)
Kalko viaja por todo o mundo estudando morcegos, para compreender a sua diversidade. Ela coleciona evidência de muitas maneiras diferentes — pela observação de morcegos na natureza, através de experiências de campo, comparando espécies e comunidades, e estudando espécimes de museu. Através da sua investigação, ela encontrou ligações entre os tipos de chamada que um morcego utiliza — que permitem que os morcegos "vejam" no escuro, analisando o eco — e o habitat em que vivem.

Su-Moon Park
Professor, Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, Nam-Gu Pohang, Gyeong-Buk, República da Coreia
(Ph.D.: Universidade do Texas em Austin)
Park estuda os aspetos elétricos de reações químicas: como moléculas em cadeia (chamadas polímeros) podem conduzir eletricidade, como a energia química é convertida em energia elétrica em baterias, e como usar eletroquímica para dispor de forma segura de materiais ambientalmente perigosos. Este trabalho tem o potencial de ajudar a fazer melhores baterias, eliminar poluentes em águas residuais, e melhorar detetores químicos, como aqueles que são usados para testes de açúcar no sangue de pacientes com diabetes.

Valerie Clouard
Professora de Geofísica, Universidade do Chile
(Ph.D.: Universidade da Polinésia Francesa)
Clouard estuda placas tectónicas - as massas que compõem a superfície da Terra e deslizam lentamente sobre o interior do nosso planeta. Os seus estudos recentes da maior placa da Terra - localizada debaixo do Oceano Pacífico - sugerem que vai partir-se em duas placas daqui a milhões de ano, e que as mesmas forças que irão causar essa rutura também podem ser um fator chave na formação de vários vulcões encontrados no Pacífico central.

Sergio Henrique Ferreira
Professor, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Brasil
(Ph.D.: Universidade de São Paulo)
Ferreira estuda como as drogas interagem com o corpo a um nível celular e molecular. Na década de 1960, ele mostrou como produtos químicos provenientes do veneno de uma cobra brasileira poderiam ser usados para dilatar os vasos sanguíneos — uma descoberta que mais tarde foi utilizada para desenvolver medicamentos para a tensão arterial. Atualmente ele trabalha na compreensão da dor crónica e no desenvolvimento de medicamentos para combater a hipersensibilidade à dor.

Anusuya Chinsamy-Turan
Professora de Zoologogia, Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul
(Ph.D.: Universidade de Witwatersrand, África do Sul)
Chinsamy-Turan estuda fatias finas de osso fossilizado com microscópios especializados, para estudar animais extintos. O seu trabalho sobre os ossos encontrados dentro de ovos fossilizados ajudou a confirmar que os dinossauros saurópodes — grupo que inclui o Apatosaurus e os maiores animais terrestres da história — punham ovos em vez de dar à luz crias vivas. Os seus estudos sobre os ancestrais evolutivos de aves sugerem que a transição para o seu atual estado de sangue quente é um desenvolvimento evolucionário relativamente recente.

Mahananda Dasgupta
Cientista no Departmento de Física Nuclear, Australian National University
(Ph.D.: Instituto Tata de Investigação Fundamental, Bombaim, Índia)
Dasgupta realiza experiências em que átomos chocam uns com os outros a velocidades extremas — até 107 milhões de quilómetros por hora! A estas velocidades, os núcleos dos átomos sofrem reações de fusão — o mesmo tipo de reações que ocorrem no interior do nosso sol e causam a liberação de energia. Dasgupta construiu detetores supersensíveis para fazer medições extremamente precisas dos produtos destas colisões. A evidência que ela recolhe através das suas medidas está a fazer os físicos repensar a forma como a fusão de núcleos pesados se processa e está a ajudá-los a descobrir como o mundo da mecânica quântica se enquadra nas nossas observações diárias.

Linda Manzanilla
Professora, Instituto de Investigação Antropológica, Universidad Nacional Autonoma do México
(Ph.D.: Universidade de Paris IV, Sorbonne, França)
Manzanilla estuda Teotihuacan, uma antiga cidade do México onde se encontra a terceira maior pirâmide do mundo. Ela passou anos escavando diversas áreas da cidade, e também colabora frequentemente com químicos, físicos e geólogos, a fim de reunir diferentes tipos de evidência sobre o seu sítio arqueológico. A evidência descoberta em Teotihuacan levou-a à hipótese de que quatro pessoas governavam a cidade em conjunto, em vez do caso mais comum de haver um governante único.

Regina Machinskaya
Diretora do Laboratório de Neurofisiologia de Processos Cognitivos, Instituto de Fisiologia do Desenvolvimento, Academia de Educação da Rússia, Moscovo, Rússia, e Professora Catedrática de Psicologia e Antropologia Pedagógica, Universidade Estadual de Linguística de Moscovo
(Ph.D.: Universidade Estadual de Moscovo)
Machinskaya estuda o cérebro através da análise dos sinais elétricos que produz. Na sua pesquisa, ela coloca sensores no couro cabeludo dos participantes do estudo e regista as respostas elétricas do cérebro enquanto realizam tarefas diversas, tais como recontar uma história. O seu trabalho identificou diferenças na função neurológica que podem contribuir para que algumas crianças tenham dificuldades em ter atenção e problemas de aprendizagem.

Shadrack Kamenya
Diretor de Ciências de Conservação para o Instituto Jane Goodall na Tanzania
(Ph.D.: Universidade do Colorado)
Kamenya trabalha no Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia ocidental. Através da recolha e análise de amostras de fezes e urina dos chimpanzés selvagens, ele e os seus colaboradores estão a aprender sobre quais chimpanzés estão infetados com o vírus SIV, o percursor do HIV, e como isso afeta a sua saúde. Ele e a sua equipa também realizam pesquisa de campo para aferir quantos chimpanzés vivem em diferentes áreas, para descobrir como os seres humanos que vivem nas proximidades afetam a população chimpanzé, e para traçar estratégias sobre como protegê-los.

Roop Mallik
Professor de Ciências Biológicas, Instituto Tata de Investigação Fundamental, Bombaim, Índia
(Ph.D.: Instituto Tata de Investigação Fundamental)
Mallik estuda "motores" moleculares — pequenas moléculas biológicas que transportam materiais de um lugar para outro dentro das células. Ter os materiais certos no lugar certo e na hora certa é essencial para muitos processos biológicos, como a segregação de cromossomas durante a divisão celular. O motor molecular mais estudado move-se sempre com um incremento fixo, chamado tamanho do passo. Mallik encontrou evidência de que um outro motor molecular conhecido opera de forma diferente — pode reduzir o seu tamanho de passo para produzir uma força maior do que o normal. O motor "muda engrenagens", tal como os ciclistas fazem quando trocam a mudança em subida.

Kristala Jones Prather
Professora de Engenharia Química, Massachusetts Institute of Technology
(Ph.D.: Universidade da Califórnia, Berkeley)
Prather está a desenvolver uma estratégia para sintetisar compostos comerciais — tudo desde biocombustíveis até medicamentos — através de processos biológicos em vez de reações químicas. O seu plano é modificar geneticamente micróbios como E. coli para que produzam compostos que as bactérias não fazem naturalmente, transformando-as em fábricas químicas microscópicas. Uma estratégia bem-sucedida para a produção biológica de produtos químicos tem o potencial de ser mais rentável e ecológica do que fábricas de produtos químicos tradicionais.

Ling'an Wu
Professora, Laboratório de Física Ótica, Instituto de Física, Academia Chinesa de Ciências, Pequim, China
Wu estuda a luz e como ela interage com a matéria. Muito do seu trabalho concentra-se em compreender e explorar a natureza quântica da luz - a ideia de que a luz se pode comportar tanto como se fosse uma partícula como se fosse uma onda- e as consequências surpreendentes deste facto. Ela também estuda formas de explorar essas propriedades quânticas especiais em aplicações práticas. Por exemplo, o seu trabalho poderia ajudar a tornar os computadores mais rápidos e a manter as informações transmitidas eletronicamente mais seguras.

resumo
  • A ciência é um empreendimento mundial, aberto a qualquer pessoa.

  • A ciência beneficia com a diversidade dos seus participantes.

faça uma viagem lateral
  • Veja como a ciência beneficia com a diversidade dos seus participantes na nossa secção sobre o Lado social da ciência.

  • Avançado  Visite o website Visionlearning (em inglês) para aprender sobre um estudo antigo sobre a luz realizado no Iraque e desenvolvido depois por cientistas noutras partes do mundo.

pontos chave
Você pode incentivar os seus alunos a ver a ciência como um empreendimento humano e a reconhecer a diversidade da comunidade científica, incorporando vídeos de cientistas nas suas aulas. Por exemplo, os vídeos de As Vidas Secretas de Cientistas (em inglês) mostram os interesses pessoais e as paixões dos cientistas. Outros vídeos (em inglês) do New York Times e NOVA mostram cientistas a falar da sua pesquisa, por exemplo Alfredo Quiñones-Hinojosa e investigação sobre o cancro, Maydianne Andrade e estudos sobre as aranhas australianas, ou o vídeo do New York Times sobre Alexandra Morton a discutir a sua pesquisa sobre o salmão.



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