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O processo da ciência constrói conhecimento fiável acerca do mundo natural. Para ver evidência desta fiabilidade, pode-se olhar em volta para os resultados do conhecimento científico usados no nosso dia a dia: desde aviões aos antibióticos, de baterias até pontes. Estas tecnologias só funcionam porque a ciência funciona.
O processo de construção do conhecimento científico baseia-se nalgumas suposições fundamentais que devem ser explicitadas. A ciência opera aceitando os seguintes pressupostos:
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Há causas naturais para as coisas que acontecem no mundo que nos rodeia. Por exemplo, se uma bola cai, a ciência parte do princípio que há uma explicação natural para a razão pela qual a bola se move para baixo, uma vez libertada. Atualmente os cientistas sabem descrever a gravidade em grande detalhe, mas exatamente o que a gravidade é ainda nos escapa. Ainda assim, a ciência assume que há uma explicação para a gravidade que depende de causas naturais, tal como para tudo na natureza.
- Evidência do mundo natural pode ser usada para aprender sobre essas causas. A ciência assume que podemos aprender sobre a gravidade e porque é que a bola cai estudando evidência proveniente do mundo natural. Os cientistas podem realizar experiências com outros objetos que caem, observar como a gravidade afeta as órbitas dos planetas, etc. Evidência de uma ampla gama de experiências e observações ajuda os cientistas a compreender melhor as causas naturais da gravidade.
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- Há consistência nas causas que operam no mundo natural. Por outras palavras, as mesmas causas entram em jogo em situações relacionadas e essas causas são previsíveis. Por exemplo, a ciência parte do princípio que que as forças gravitacionais envolvidas na queda de uma bola estão relacionadas com as envolvidas na queda de outros objetos. Assume-se ainda que o funcionamento da gravidade não muda de instante para instante e de um objeto para outro de forma imprevisível. Assim, o que podemos aprender sobre a gravidade de hoje estudando bolas a cair também pode ser usado para compreender, por exemplo, as órbitas de satélites modernos, a formação da lua num passado distante, e os movimentos dos planetas e estrelas no futuro, porque a causa natural é a mesma, independentemente de quando e onde as coisas acontecem.
Estes pressupostos são importantes e não são controversos na ciência atual. Na verdade, eles são uma grande parte da base que define como interagimos com o mundo e uns com os outros. |
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