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Fleischmann arquivou as suas ideias sobre fusão até o outono de 1983, quando ele e Pons começaram a falar sobre a possibilidade de utilização de processos químicos (reações entre átomos e moléculas) para desencadear um processo nuclear (mudanças no núcleo dos átomos). Eles decidiram criar uma experiência completa para testar a ideia de Fleischmann. Trabalhando no laboratório de Pons, os dois montaram o que chamaram de "célula de fusão." Esta célula consistia de dois pedaços de metal, um de paládio e um outro de platina, submersas num recipiente de água pesada (água em que o hidrogénio de cada molécula de H2O é substituído por deutério). Eles sabiam que se eles fizessem passar eletricidade na célula, seria desencadeado um processo químico chamado eletrólise, no qual as moléculas de água pesada se dividiriam, produzindo deutério e oxigénio gasosos. O deutério poderia então ser absorvido no paládio através de uma reação química. Pons e Fleischmann colocaram a hipótese de que, uma vez dentro do paládio, os átomos de deutério seriam forçados a estar tão próximos que se iriam fundir e libertar grandes quantidades de energia na forma de calor.
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Célula de fusão de Pons e Fleischmann. |
Pons e Fleischmann mediram a temperatura da célula de forma contínua ao longo da sua operação. Depois de uma análise dos dados, eles descobriram que as células produziam cerca de 100 vezes mais calor do que o que esperaríamos se tomássemos em conta apenas a reação química! Eles interpretaram esse excesso de calor como evidência para a fusão. Entusiasmados com a possibilidade de que poderiam ter encontrado uma maneira barata de aproveitar a fusão para produção de energia, Pons e Fleischmann estavam ansiosos para testar a sua ideia de forma mais aprofundada. No entanto, mais experiências exigiam mais dinheiro …
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