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  Fazendo progressos na medicina
Um século atrás, um diagnóstico de diabetes juvenil era uma sentença de morte quase certa. Crianças afetadas por diabetes raramente viviam mais do que alguns anos. No entanto, graças à descoberta da insulina no início de 1920, juntamente com avanços científicos posteriores na engenharia genética que permitiram que a insulina fosse produzida em massa, esse panorama mudou completamente: os diabéticos hoje em dia vivem vidas longas.

O diabetes é apenas uma das muitas doenças e problemas de saúde para os quais a ciência tem ajudado a desenvolver tratamentos, prevenções, ou curas. Sem ciência, não saberíamos como fazer um aparelho de raios-X, como construir um joelho artificial, como prevenir deficiências nutricionais, como combater a cólera e a malária, ou mesmo, no nível mais básico, que lavar as mãos pode impedir a propagação dos micróbios. A ciência tem-nos fornecido as ferramentas para melhorar a saúde humana de muitos milhares de formas — acima de tudo, desenvolvendo medicamentos para tratar doenças …

REMÉDIOS MILAGROSOS BOLORENTOS

Alexander Fleming
Alexander Fleming
Penicillium
Uma espécie de Penicillium é utilizada na produção do antibiótico penicilina, mas outras são importantes na fabricação de queijo. Outra, como a retratada aqui, provoca uma doença relacionada com a sida.
Na sua bancada de laboratório, em 1928, o biólogo Alexander Fleming descobriu que a sua pesquisa tinha corrido mal — tinha ganho bolor. Uma das suas placas de colónias bacterianas tinha apanhado os minúsculos esporos de bolor que flutuam no ar, e agora estavam a crescer uma penugem branca. Em vez de deitar fora o prato contaminado, Fleming deitou-lhe um olhar mais atento e notou que a penugem branca estava a ter um efeito surpreendentemente poderoso. O bolor, é claro, era Penicillium, e não apenas estava a retardar o crescimento das bactérias — estava, na verdade, a fazer com que elas explodissem! Fleming começou imediatamente a fazer experiências, e depressa mostrou que o bolor era capaz de matar muitas estirpes de bactérias, incluindo aquelas que causam infeções na garganta, infeções por estafilococos, pneumonia, sífilis e gonorreia. E ao contrário de outros tratamentos contra bactérias disponíveis na altura (como o mercúrio e o arsénico), a penicilina não era tóxica, atacando exclusivamente bactérias e deixando as células do próprio corpo em paz. Levaria mais uma década para que os cientistas desenvolvessem os meios de produção e purificação da droga de forma eficiente, mas quando o fizeram, foi um avanço extraordinário, chegando mesmo a tempo de tratar soldados feridos na Segunda Guerra Mundial.

Em pouco tempo, outros compostos como a penicilina foram descobertos, inaugurando a era dos antibióticos e salvando milhões de vidas. Infelizmente, isso não iria durar muito tempo. Bactérias resistentes a antibióticos evoluíram rapidamente, e foram documentadas pela primeira vez apenas quatro anos depois de a penicilina se ter tornado amplamente disponível. Ao longo dos últimos 20 anos, a resistência aos antibióticos tornou-se um problema cada vez mais grave. Agora, os médicos estão novamente a virar-se para a investigação científica, com a esperança que a bancada do laboratório lhes dê, mais uma vez, um meio extraordinário de combater infeções bacterianas.

Descubra mais sobre como os cientistas estudam e tentam impedir a evolução de bactérias resistentes a antibióticos em perfil de investigação no site Understanding Evolution (em inglês).

resumo
O conhecimento científico e a investigação levaram a muitos avanços médicos.



Foto de Alexander Fleming por cortesis do National Library of Medicine; foto de Penicillium por cortesis de CDC/ Dr. Libero Ajello

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