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Você pode não ser um especialista em microbiologia, geologia ou climatologia, mas, mesmo assim, o conhecimento científico pode influenciar o seu processo de tomada de decisão. A ciência tem implicações para as questões que enfrentamos todos os dias e embora a ciência não determine qual opção é a mais acertada, ela dá-nos conhecimento e informação importante para as nossas decisões. Aqui estão apenas alguns exemplos de decisões do dia a dia influenciadas pela ciência:
Lavar ou não lavar. Cento e setenta anos atrás, a lavagem das mãos não era um ritual de todos os dias mesmo para os médicos que trabalhavam na morgue ou na maternidade! No entanto, desde então, os biólogos desenvolveram a teoria microbiana da doença, e a investigação mostrou que a lavagem das mãos evita a propagação de infeções. Um estudo de 2005 descobriu que promover a lavagem das mãos entre as crianças em regiões de baixos rendimentos poderia reduzir a incidência de doenças como a pneumonia por cinquenta por cento! Apesar de lavar as mãos poder parecer hoje em dia um simples hábito, é tão comum apenas porque o conhecimento científico tem realçado os seus benefícios.
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O olho-de-vidro laranja (em cima) e tilápia (em baixo) disponíveis na mesma ementa têm estados de conservação muito diferentes |
Qual peixe? Você escolheria um peixe local ou o exótico olho-de-vidro laranja? O gosto certamente será um fator nesta decisão, assim como o custo. Mas o que é que a ciência tem a dizer? A biologia da conservação diz-nos que a população do olho-de-vidro laranja foi dizimada pela indústria pesqueira. Ainda mais preocupante, os biólogos descobriram que esse peixe vive até aos 100 anos de idade e não começa a reproduzir-se até aos 20 anos de idade, tornando-se difícil para a população recuperar do excesso de pesca. Um peixe como o salmão (ou muitos outros, como a tilápia, popular nos EUA), por outro lado, é explorado em viveiros especificamente para o consumo humano e não está ameaçado. Qual é que você escolheria?
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Estragos causados pela liquefação após um terremoto em Niigata, Japão, em 1964. |
Esquivando-nos ao desastre. Toda a gente precisa de um lugar a que chamar lar, mas onde é que vai ser o seu? Se você estiver a pensar morar num país onde terremotos são frequentes, você pode querer seguir uma sugestão de sismólogos e geólogos: nem todos os tipos de solo são iguais. Os cientistas determinaram que algumas áreas dentro de zonas de terremoto são extraordinariamente perigosas e propensas a danos, devido à possibilidade de liquefação um fenómeno no qual o tremor faz com que as partículas do solo fluam umas pelas outras com facilidade, como se o solo fosse líquido. Neste caso, a ciência pode direcioná-lo para uma casa mais estável e segura.
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Já estou melhor? Você está melhor da sua garganta inflamada e a sentir-se bem de novo, então já será altura de parar com os antibióticos? Bem, poder parar podia, mas a biologia evolutiva sugere que parar um tratamento com antibióticos precocemente incentiva a evolução de bactérias resistentes aos antibióticos, permitindo que as bactérias não completamente exterminadas pela dose incompleta de antibióticos preferencialmente sobrevivam e se reproduzam. Essas bactérias moderadamente resistentes poderiam voltar para o assombrar, ou infetar outra pessoa, e se o fizerem, o antibiótico original pode não funcionar contra a nova estirpe.
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Um veículo elétrico híbrido para ligar à tomada, que pode andar a partir de eletricidade gerada por fontes renováveis. |
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Preferências de petróleo. Você está a querer comprar um carro novo mas qual? Há muitas considerações, incluindo o consumo. Um carro com melhor consumo vai fazê-lo pagar menos pelo combustível. Mas a geologia pode também dar uma achega neste assunto. O petróleo necessário para fazer o combustível é um recurso limitado. A Terra apenas tem uma certa quantidade de petróleo, e os geólogos estimam que já foi consumida a maior parte. Quanto mais petróleo usamos, mais difícil se torna encontrar mais. E se o petróleo é mais difícil de encontrar, mais caro fica cada barril de petróleo, e mais você vai gastar na bomba de gasolina! Um carro que consome pouco combustível pode ser mais caro no imediato, mas pode acabar por compensar a longo prazo.
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