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  Moldando a sociedade
Tal como molda o seu processo pessoal de tomada de decisão, o conhecimento científico também influencia a formação de decisões políticas de regulamentação — e os resultados dessas decisões estão por toda a parte. Na verdade, eles são tão omnipresentes que você provavelmente nunca pensou sobre eles. Porque é que o pacote de leite vem com um rótulo nutricional? Por que é que as escolas verificam os registos de vacinação dos alunos? Por que é que os seus novos azulejos da cozinha não são feitos de amianto? Por que é que é ilegal derramar o seu óleo de motor usado pelo ralo do lavatório? Por causa da ciência, é claro. A ciência influencia políticas que promovem a saúde, a segurança, e a gestão ambiental.

Políticas que você enfrenta todos os dias são influenciadas pela ciência.
Políticas que você enfrenta todos os dias são influenciadas pela ciência.

A ciência não dita a política, mas fornece-nos um manual prático para alcançarmos os resultados que nós decidimos que queremos. Por exemplo:

  • Uma criança recebe uma vacina oral contra a poliomielite.
    Uma criança na Índia recebe uma vacina oral contra a poliomielite.
    Quer livrar-se da poliomielite? Nos anos 1940 e 50, a sociedade americana apoiou os esforços para prevenir e tratar a poliomielite, doando fundos para uma organização chamada March of Dimes. Através da March of Dimes, essa preocupação social financiou a investigação sobre vacinas contra a poliomielite. A ciência forneceu-nos a vacina que tornou a prevenção possível, e também nos deu uma compreensão sobre a transmissão da poliomielite que moldou a nossa abordagem da administração da vacina. Tornou-se claro que, se quiséssemos realmente erradicar a doença, só um esforço de vacinação maciça conseguiria fazer isso. Hoje, a vacinação contra a poliomielite é uma exigência de rotina para se matricular na escola pública nos EUA e em muitos outros países. Em 1988, um conjunto de organizações internacionais de saúde lançou um programa de erradicação global baseada na vacinação em massa — e a batalha continua. Em janeiro de 2007, a poliomielite tinha sido praticamente erradicada, e só existia em apenas quatro países.

  • Uma imagem de satélite do furacão Emily aproximando-se do México.
    Uma imagem de satélite do furacão Emily aproximando-se do México.
    Quer receber alertas de desastres naturais? Embora ainda não consigamos prever terremotos, a ciência tem formas eficazes de prever quando e onde os furacões podem atingir a terra. A sociedade decidiu utilizar esse conhecimento bem. O Serviço Meteorológico Nacional dos EUA recolhe continuamente dados sobre padrões meteorológicos e analisa os dados com base na nossa compreensão científica dos sistemas meteorológicos. Eles podem, então, emitir um aviso de furacão, o que dá aos cidadãos tempo para se porem a salvo, e permite que os organizadores da comunidade se preparem para as evacuações e emergências.

  • sem CFCs
    Quer reparar a nossa camada de ozono? A camada de ozono protege-nos de raios ultravioletas prejudiciais, mas, em 1985, foi descoberta uma fenda nessa armadura — um buraco na camada de ozono sobre a Antártica. Se as coisas continuassem sem controlo, a ciência previa resultados terríveis: eventuais aumentos de danos no ADN e das taxas de cancro da pele, juntamente com mudanças imprevisíveis na cadeia alimentar global causadas pela mortandade de plâncton sensível aos raios UV. Felizmente, a ciência também tinha uma explicação e uma solução potencial. O responsável parecia ser os clorofluorcarbonos (CFCs), produtos químicos feitos pelo homem utilizados em aparelhos de ar condicionado e propulsores de aerossóis, que, tal como foi mostrado pelos químicos, poderiam destruir as moléculas de ozono. A sociedade levou a ciência a sério, e, em 1990, os decisores políticos de 93 países reuniram-se em Londres para assinar um tratado, concordando em abandonar os CFCs até 2000.

A ciência não nos diz que devemos prevenir doenças, dar aviso prévio em caso de desastre, ou mesmo proteger o nosso planeta. As pessoas fazem essas decisões com base nos seus próprios valores, mas a partir do momento que uma decisão é tomada, podemos usar o conhecimento científico para descobrir como atingir esse objetivo e quais serão as suas ramificações prováveis.

resumo
O conhecimento científico influencia políticas e regulamentações públicas que promovem a saúde, segurança e gestão ambiental.

ciência em ação




Foto de vacinação contra a poliomielite fornecida por WHO/P. Virot; imagem de furacão fornecida por National Climatic Data Center

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