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Asteroides e dinossauros
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  Só acaba quando …
As ideias científicas estão sempre abertas a questões e a novas linhas de evidência, portanto embora muitas observações sejam consistentes com a hipótese do asteroide, a investigação continua. Até agora, a evidência apoia a ideia de que um asteroide gigante atingiu a Terra no final do Cretáceo — mas será que foi mesmo o asteroide que causou a maioria das extinções naquela época? Algumas observações apontam para explicações adicionais. Outras pesquisas (em grande parte estimulada pela hipótese do asteroide) revelaram que o final do Cretáceo foi um momento caótico na Terra, mesmo ignorando a questão da colisão de um enorme asteroide. A atividade vulcânica atingiu um pico, produzindo fluxos de lava que atualmente cobrem cerca de 500.000 quilómetros quadrados da Índia; uma grande mudança climática estava em andamento com arrefecimento geral marcado por pelo menos um intenso período de aquecimento global; o nível do mar baixou e continentes mudaram com movimentos tectónicos. Com toda estas mudanças a acontecer, os ecossistemas certamente foram perturbados. Estes fatores claramente poderiam ter desempenhado um papel no desencadeamento da extinção em massa — mas será que o fizeram?

Mais do que uma hipótese poderia explicar esta grande extinção.

Em suma, a evidência aponta para vários potenciais responsáveis para a extinção em massa. Qual é a verdadeira causa? Bem, talvez todos eles o sejam.

Assim como a extinção de uma espécie ameaçada pode hoje em dia ser atribuída a diversos fatores (aquecimento global, destruição do habitat, um predador invasivo, etc), a extinção em massa no limite K-T pode ter sido provocada por vários agentes diferentes (por exemplo, o vulcanismo e o impacto de um asteroide, e ainda um pouco de mudança climática). Se este for realmente o caso e múltiplas causas estiveram em jogo, separá-las exigirá uma abordagem mais integrativa, explorando as relações entre fatores abióticos (como impactos de asteroides e mudanças do nível do mar) e extinção: quais grupos sobreviveram à extinção em massa e quais não? Os pássaros, por exemplo, sobreviveram à extinção, mas todos os outros dinossauros foram extintos. O que é que isso nos diz sobre a causa da extinção? Existem diferentes padrões de extinção em diferentes ecossistemas ou diferentes partes do mundo? Será que estas diferenças apontam para mecanismos causais distintos?

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As ideias científicas são inerentemente provisórias, e investigação sobre as causas e dinâmicas da extinção no limite K-T continua hoje. Descubra mais sobre a natureza contínua da ciência.





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