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  Apoiando a ciência
Alguma ciência pode ser feita mesmo sem muito dinheiro. Você pode fazer observações meticulosas de pardais no seu quintal e fazer verdadeira investigação científica com orçamentos muito limitados, mas muitos tópicos de investigação em ciência não podem ser investigados com poucos recursos. Por exemplo, cientistas aguardam ansiosamente respostas a questões fundamentais em física de partículas, que esperam que surjam através de um acelerador de partículas que custou milhares de milhões de euros. CÉ claro que a maioria da investigação científica não custa esses valores — mas também não é isenta de custos.

no LHC - Large Hadron Collider
Esta é apenas uma pequena parte do LHC — Large Hadron Collider, um instrumento científico localizado perto de Genebra, na Suíça. É o resultado de uma colaboração entre mais de 8000 físicos e centenas de organizações de todo o mundo. Não foi barato.

A ciência pode ser dispendiosa. Há salários para pagar, equipamento de laboratório a ser adquirido, espaços de trabalho que tem de ser pago, e pesquisa no terreno a ser financiada. Sem financiamento, a ciência como um todo simplesmente não consegue progredir, e esse financiamento, em última instância, provém das sociedades que irão beneficiar dos seus avanços. Consequentemente, essas sociedades ajudam a determinar como o seu dinheiro é gasto. Por exemplo, uma sociedade que aprove amplamente a investigação em células estaminais irá encorajar o apoio governamental, estimulando novos desenvolvimentos na área. Contudo, uma sociedade que amplamente reprove a investigação em células estaminais dificilmente apoiará políticos que atribuam financiamento para esse tipo de investigação. Neste segundo caso, irá ser realizada menos investigação em células estaminais, fazendo com que seja pouco provável que essa sociedade se torne líder na área.

ALTOS E BAIXOS DA INVESTIGAÇÃO EM ENERGIA

Um parque eólico
Um parque eólico
Os cientistas que fazem investigação em fontes de energia alternativas (por exemplo, energias eólica, solar e geotérmica, em oposição aos combustíveis fósseis) estão habituados a ver as suas fortunas aumentar e diminuir conforme o ambiente social, político e económico que é vivido. O financiamento disponível para investigação em energias alternativas frequentemente aumenta com o aumento do custo dos combustíveis fósseis e com o interesse da sociedade em procurar travar a poluição e em conservar os seus recursos naturais. A crise energética dos anos 1970s, por exemplo, despoletou um aumento abrupto do financiamento disponível para investigar alternativas ao petróleo. Irão as preocupações actuais com os combustíveis fósseis desencadear um aumento semelhante? As preocupações da sociedade evoluem lentamente, mas em muitos países as energias renováveis expandiram-se consideravelmente desde 2007 (quando o site Understanding Science apareceu), e a União Europeia destinou fundos consideráveis à investigação em energias alternativas.

O financiamento influencia o percurso da ciência, ao encorajar a investigação sobre determinados tópicos e dificultando outros. Essa influência pode ser indireta, como quando as prioridades políticas definem os contornos dos programas de financiamento das agências financiadoras governamentais (tais como o National Institutes of Health e o National Science Foundation nos EUA ou a Fundação para a Ciência e Tecnologia em Portugal ou o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico no Brasil). Essa influência também pode ser mais direta, como quando indivíduos ou fundações privadas ffazem donativos para apoiar a investigação em determinados tópicos, como o cancro da mama — ou quando um indivíduo ou instituição oferece um prémio monetário para a resolução de um problema científico em particular, como, por exemplo, o prémio de 25 milhões de dólares oferecido em 2007 para a invenção de uma técnica viável de remoção do dióxido de carbono da atmosfera. Como este exemplo demonstra, o financiamento pode influenciar o curso da ciência, incitando-a a prosseguir em determinadas direções — mas, em última análise, o financiamento não altera as conclusões científicas alcançadas através dessa investigação.

resumo
  • A investigação científica muitas vezes requer financiamento de agências governamentais ou de outras organizações.

  • As sociedades podem influenciar o curso da ciência, ao direcionarem o financiamento para determinados tópicos de investigação, em detrimento de outros.

veja também
Para aprender mais sobre o financiamento da ciência, visite Quem paga a ciência?




Foto do LHC - Large Hadron Collider © CERN; foto do parque eólico fornecida por Tom Hall, DOE

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