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As agências de publicidade usam frases como "grãos integrais totalmente naturais", "remédios homeopáticos naturais", ou "produtos de limpeza para a casa, não tóxicos e totalmente naturais" — mas o que é que natural realmente significa? Na linguagem quotidiana, a palavra natural é muitas vezes usada para descrever os bens que são saudáveis ou que não são feitos por seres humanos, mas na linguagem da ciência, natural tem um significado muito mais amplo. Dentro da ciência, o termo natural refere-se a qualquer elemento do universo físico — quer seja feito por seres humanos ou não. Isso inclui a matéria, as forças que agem sobre a matéria, a energia, os constituintes do mundo biológico, os seres humanos, a sociedade humana, e os produtos dessa sociedade. Assim, mesmo que nós não pensemos neles como "natural" (no sentido comum da palavra), a ciência pode estudar coisas como o sorriso humano, mecanismos de tomada de decisão, adoçante artificial, e algoritmos de aprendizagem para robots, pois todos estes fenómenos fazem parte do universo físico que nos rodeia.
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A ciência pode estudar coisas naturais tais como a engenharia de pontes, adoçantes artificiais, robots, o mercado de ações, o sorriso humano e a tecnologia de imagem por ressonância magnética. |
Na prática, o que é natural é frequentemente identificado por ser testável. Coisas naturais comportam-se de uma forma que é previsível e que tem efeitos observáveis — mesmo que ainda não os compreendamos completamente. Esta previsibilidade significa que podemos testar hipóteses acerca de entidades naturais, fazendo observações. Fantasmas, por exemplo, são entidades sobrenaturais, sem base no universo físico e, portanto, não estão sujeitos às leis desse universo. Assim, os fantasmas estão fora do alcance da ciência, e não podemos estudar a sua existência (ou falta dela) com as ferramentas da ciência. Se, no entanto, considerarmos a hipótese dos fantasmas serem entidades naturais, constituídos de matéria e energia e vinculado às leis do universo, então podemos estudá-los com as ferramentas da ciência, e devemos aceitar o resultado quando os testes que realizamos sugerem que fantasmas não existem — como entidades naturais.
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