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"Eureka!" ou "aha!" são expressões que podem não ser frequentemente usadas, mas a sua vivência é o que motiva a ciência e os cientistas. Para um cientista, cada dia conduz a uma possibilidade de descoberta ao surgimento de uma ideia nova ou de se observar algo que nunca antes tinha sido visto. A compreensão do mundo ainda está a ser construída e muitas das questões mais básicas acerca do universo estão ainda por responder:
- O que causa a gravidade?
- Como é que as placas tectónicas se movem à superfície da Terra?
- Como é que o cérebro guarda as nossas recordações?
- Como é que as moléculas de água interagem umas com as outras?
Não sabemos as respostas completas para estas e para tantas outras questões, mas a perspetiva de as responder é o que impulsiona o avanço da ciência.
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QUESTÕES CIENTÍFICAS NO DIA A DIA
As questões científicas podem parecer complexas (ex. quais as reações químicas que permitem que as células quebrem as ligações nas moléculas de açúcar), mas não precisam de o ser. Provavelmente já terá colocado muitas questões científicas perfeitamente válidas: como é que os aviões voam, porque é que os bolos crescem no forno, porque é que as maçãs ficam castanhas assim que são cortadas? Poderá obter as respostas a muitas destas questões científicas "quotidianas" na sua biblioteca municipal, mas para outras, a ciência poderá ainda não ter a resposta, e a sua resposta pode levar a novas e surpreendentes descobertas. Por exemplo, ainda não se sabe muito bem como é que o cérebro nos lembra de comprar leite no supermercado. Assim como estamos motivados a responder a questões que lidam com as nossas experiências quotidianas, os cientistas enfrentam tais perguntas em múltiplas dimensões, incluindo questões sobre a verdadeira natureza do universo.
Para aprender mais sobre como outros se têm envolvido na ciência e como pode desenvolver o seu próprio ponto de vista sobre o mundo, confira:
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Descobertas, novas questões e novas ideias são o que mantém os cientistas a prosseguir e a pensar, mas são apenas uma pequena parte do processo; o restante envolve muito trabalho árduo (e muitas das vezes aborrecido). Em ciência, descobertas e ideias devem ser verificadas por múltiplas linhas de evidência e só então são integradas no conhecimento já existente, um processo que pode demorar muitos anos. E, frequentemente, as descobertas não são assim tão surpreendentes e inesperadas. A descoberta pode por si só ser o resultado de muitos anos de trabalho num determinado problema, tal como é ilustrado pela descoberta de Henrietta Leavitt sobre as estrelas …
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O processo da descoberta científica não está limitado a cientistas que trabalham em laboratórios. A experiência quotidiana de deduzir que o seu carro não liga devido ao mau funcionamento da bomba de ignição, ou que as centopeias no seu quintal preferem a sombra das rochas, partilha semelhanças fundamentais com descobertas científicas clássicas, tais como a ligação em dupla hélice do ADN. Todas estas ações envolvem a realização de observações e a análise de evidência e todas fornecem a satisfação de encontrar uma resposta que dá sentido a todos os factos. Com efeito, alguns psicólogos argumentam que o modo como os humanos aprendem individualmente (especialmente as crianças) é semelhante ao progresso da ciência: ambos envolvem a realização de observações, considerando evidências, testando ideias, e mantendo aquelas que funcionam.
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Para aprender mais sobre a analogia entre o progresso da ciência e a aprendizagem humana, veja também Bebés e cientistas.
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