A ciência é um esforço contínuo. Ela não termina nas versões mais recentes do livro de física que usou na faculdade, e não vai acabar mesmo quando soubermos as respostas às grandes perguntas, tais como aquelas sobre como os nossos 20000 genes interagem para desenvolver um ser humano ou o que é a matéria negra. Por isso, desde que existam partes do mundo natural por explorar e por explicar, a ciência continuará a investigá-las.
Tipicamente e frequentemente na ciência, responder a uma pergunta leva a questões mais profundas e mais detalhadas para pesquisa futura. Do mesmo modo, chegar a uma ideia proveitosa para explicar uma observação anómala anterior frequentemente leva a novas expetativas e áreas de investigação. Assim, de certo modo, quanto mais sabemos, mais sabemos o que não sabemos ainda. À medida que o nosso conhecimento aumenta, o mesmo acontece com a nossa perceção do que ainda não sabemos. Por exemplo, a proposta de James Watson e Francis Crick de que o ADN tem a forma de dupla hélice ajudou a responder a uma importante questão na biologia acerca da estrutura química do ADN. E ao mesmo tempo que ajudou a responder a uma questão, também gerou novas expetativas (por exemplo, que o ADN é replicado via emparelhamento de bases), levantou novas perguntas (por exemplo, como é que o ADN armazena informação?) e contribuiu para todo um novo campo de investigação (por exemplo, engenharia genética). Tal como o trabalho de Watson e Crick, a maior parte da investigação científica gera novas expetativas, suscita novas perguntas e conduz a novas descobertas.
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