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  A ciência envolve a comunidade científica
um guia da ciência O progresso da ciência depende das interações dentro da comunidade científica — isto é, a comunidade de pessoas e organizações que geram as ideias científicas, que testam essas ideias, que publicam em revistas científicas, que organizam conferências, que formam os cientistas, que atribuem fundos de pesquisa, etc. Esta comunidade científica oferece a base de um conhecimento cumulativo que permite à ciência construir-se sobre si mesma. É também responsável por testes subsequentes e escrutínio das ideias, e pela execução e verificação do trabalho dos membros da comunidade.

a investigação científica é colaborativa
Os cientistas por vezes trabalham sozinhos e por outras trabalham juntos, mas a comunicação dentro da comunidade científica é sempre importante.
Além do mais, muito trabalho de investigação científica é colaborativo, com diferentes pessoas a contribuir o seu conhecimento especializado em diferentes aspetos do problema. Por exemplo, um artigo de 2006 sobre variações regionais no genoma humano foi o resultado de uma colaboração entre 43 pessoas do Reino Unido, Japão, E.U.A., Canadá e Espanha! Mesmo Charles Darwin, que inicialmente investigou a ideia da evolução através da seleção natural enquanto vivia quase como eremita na sua propriedade rural, manteve uma correspondência viva com os seus pares, trocando numerosas cartas sobre as suas ideias e evidência que considerava mais relevantes.

Em casos raros, os cientistas trabalham isoladamente. Por exemplo, Gregor Mendel, enquanto monge isolado, descobriu os princípios básicos da hereditariedade genética com muito pouca interação científica. No entanto, mesmo nesses casos, a investigação deve eventualmente envolver a comunidade científica para o trabalho ter impacto no progresso da ciência. No caso de Mendel, o eventual envolvimento da comunidade científica através do seu trabalho publicado foi crítico porque permitiu a outros cientistas avaliar essas ideias independentemente, investigando novas linhas de evidência e desenvolvendo as suas ideias. Este processo comunitário pode ser caótico e lento, mas também é crucial ao progresso da ciência.

Um modelo da Ciência: Rutherford e o átomo UM MODELO DA CIÊNCIA:
RUTHERFORD E O ÁTOMO

Ernest Rutherford e Hans Geiger no laboratório de física da Universidade de Manchester, Inglaterra, cerca de 1912
Ernest Rutherford (direita) e Hans Geiger no laboratório de física da Universidade de Manchester, Inglaterra, cerca de 1912. Permissão de Alexander Turnbull Library, Wellington, Nova Zelândia, deve ser obtida antes de qualquer utilização desta imagem. Número de referência: PAColl-0091-1-011.
Apesar de Ernest Rutherford ter tido a ideia que os átomos possuem um núcleo carregado positivamente, a investigação que levou a essa ideia foi o resultado de uma colaboração: Rutherford foi assistido por Hans Geiger, e a experiência crítica da dispersão das partículas alfa foi de facto realizada por Ernest Marsden, um aluno de licenciatura que trabalhava no laboratório de Rutherford.

Para além disso, após a sua descoberta da estrutura do átomo, Rutherford publicou uma descrição da sua ideia e das evidências relevantes, comunicando-as à comunidade científica para escrutínio e avaliação. E a comunidade escrutinou-a. Niels Bohr identificou um problema na ideia de Rutherford: não havia nada que impedisse os eletrões orbitantes de irem de encontro ao núcleo do átomo, causando o seu colapso! Bohr modificou o modelo básico de Rutherford propondo que os eletrões se encontram em níveis de energia definidos, o que ajudou a resolver o problema e deu a ganhar a Bohr o Prémio Nobel. A partir daí, muitos outros cientistas construíram e modificaram o modelo de Bohr.

modelo do átomo de Rutherford modelo do átomo de Bohr
Átomos de lítio esquematizados nos modelos de Rutherford e de Bohr. O modelo de Rutherford não faz distinção alguma entre os eletrões, enquanto o de Bohr posiciona-os em orbitais com níveis de energia bem definidos.

A história de Rutherford continua à medida que analisamos cada um dos itens descritos no guia da ciência. Para saber mais como esta investigação se integra com o resto dos itens, continue a ler.

resumo
  • A ciência depende das interações dentro da comunidade científica.

  • Os cientistas muitas vezes trabalham em colaboração.

equívocos
Equívoco: A ciência é uma atividade solitária.

Retificação: A ciência depende das interações dentro de uma comunidade diversa. Poucos cientistas trabalham sozinhos. Leia mais sobre isto.

ciência em ação
O feedback da comunidade é crucial na avaliação das ideias científicas. Para ver este processo em ação, explore a nossa história exemplar em Fusão fria.

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