As seguintes atividades introdutórias podem dar o tom para o ano escolar, apresentando uma perspetiva precisa e envolvente do que a ciência realmente é. Algumas são apropriadas para aula, algumas para discussão, e algumas para aulas de laboratório. Pode ser útil pedir aos alunos para "Definir" ou "Descrever a ciência" antes de iniciar essas atividades. As ideias dos alunos podem ser escritas numa folha, e recolhidas para identificar perceções dos alunos sobre a ciência que você espera reforçar ou mudar ao longo do ano letivo. Continue depois com uma das atividades em baixo para introduzir a natureza dos conceitos científicos. Para tornar os conceitos chave explícitos, após a atividade, inicie uma discussão de turma sobre a atividade inicial com a pergunta: Vocês estavam a fazer ciência? Uma opção que pode tomar é usar definições ou descrições feitas inicialmente pelos alunos nesta discussão. Guardachuvalogia funciona especialmente bem para trazer à tona a visão dos alunos sobre a "definição" da ciência.

• Caixas mistério: Incerteza e colaboração (em inglês) — Os alunos manipulam caixas "mistério" seladas e tentam determinar a estrutura interna das caixas, que contêm uma bola em movimento e uma ou duas barreiras fixas. Os alunos têm assim uma experiência em primeira mão da natureza e das fontes de incerteza inerentes ao processo de resolução de problemas. A incerteza das conclusões é reduzida pela colaboração entre alunos.

• Até que ponto é científico? — São dadas aos estudantes seis afirmações que traduzem conhecimento, e é-lhes pedido para as classificar de acordo com o que pensam do seu caráter científico. Segue-se uma discussão em grupo. Esta atividade é uma adaptação de Scharmann et al. 2005.¹

• Guardachuvalogia (em inglês) — Com base num exercício filosófico clássico (Somerville, 1941), é pedido aos alunos para ler uma carta que descreve dados detalhados recolhidos sobre guarda-chuvas. A sua tarefa é determinar se a guardachuvalogia representa ou não ciência.

• Uma introdução ao Fluxograma da Ciência — Antes de visitar o site Saber Ciência, os estudantes participam numa atividade introdutória e discutem se estavam ou não a fazer ciência. Depois, os estudantes leem uma história sobre Walter Alvarez e discutem que aspetos da história refletem o processo da ciência. O Fluxograma da Ciência é-lhes apresentado, e eles têm então a oportunidade de traçar a jornada científica de Alvarez.

• A mosca do Amazonas — Esta atividade curta envolve rapidamente os participantes no processo de desenvolvimento de hipóteses testáveis. Os alunos sugerem várias hipóteses para explicar um conjunto de observações e tentam descobrir como testar essas hipóteses. A atividade é apropriada para a discussão em grupos pequenos ou grandes.

• Como a ciência funciona: A investigação científica na vida quotidiana (em inglês) — Nesta atividade inicial muito simples, os alunos fazem observações de fenómenos nas suas vidas quotidianas, e reconhecem que podem raciocinar sobre tais fenómenos cientificamente. Uma discussão em turma, sumativa deste trabalho-de-casa, pode ser usada para explicitar este ponto.

• Padrões numéricos — Nesta atividade, os alunos são desafiados a descobrir a relação entre seis números. No processo, eles observam, colaboram, questionam, formulam explicações, desenvolvem expetativas/previsões, e testam e modificam as suas ideias. É então pedido aos alunos para refletirem sobre se eles estavam a fazer ciência.

Dicas para o professor

Identificando objetivos de aprendizagem

¹ Scharmann, L.C., M.U. Smith, M.C. James, and M. Jenson. 2005. Explicit reflective nature of science instruction: Evolution, Intelligent Design, and umbrellaology. Journal of Science Teacher Education 16:27—41.

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